sábado, 21 de maio de 2011

Nem sei por onde começar...ou por onde terminar

Último dia em Dallas: o dia amanheceu bem nublado, aliás choveu cedinho, mas depois parou. O clima continuava quente. Como o voo só saia à tarde, fomos dar um rolê na região do White Lake (http://www.dallasparks.org/parks/whiterock.aspx). Um lugar bem bonito.

Além do lago, visitamos também o Arboretum (http://www.dallasarboretum.org/), uma espécide de jardim botânico, imenso (oooh, surpresa!), bem cuidado (ooooh!).  Vejam fotos e filminhos no link abaixo. Um lugar para dispender pelo menos umas três horas (mínimo).  Ideal mesmo é passar um dia ensolarado ali.  Como o tempo era curto, pegamos um carrinho que dá uma volta de uns 20/30 minutos no parque. Em Dllas (como em outras partes do EUA), creio que já mencionei, usam muitos seniores em funções de caixa, informações (esse processo existe timidamente em cidades como Santos. Pena, estão perdendo uma mão-de-obra capaz, entusiasmada), e quem dirigia o carrinho era um senhor supersimpático de uns 70 e tantos anos.  Vimos montes de plantas, árvores, flores, edifícios, ouvimos história.  Uma delícia!  Se for a Dallas, não deixe de visitar, mas vá com tempo.

Depois, corrida para pegar malas e partir para o aeroporto.  Minha amiga até me disse para passarmos na sede da Mary Kay para tirar uma foto (adoro os produtos de lá), mas eu estava um tanto preocupada com o horário e não quis ir, afinal nada é perto, tudo leva algum tempo de locomoção, se aparece um congestionamento inesperado já viu...

Peguei minhas malas, fui para um ponto de encontro em que meu amigo me pegou para irmos ao aeroporto.  Chegamos com tempo, devolvemos o carro (tudo muito fácil), carrega mala para o ônibus que faz rental area até embarque, descarrega malas, faz check-in, passa a imigração e pronto.  Aí, tempo para um lanchinho.

Ao nos dirigirmos para o embarque, vimos que o voo estava atrasado.  Duas horas e meia!  Com isso poderíamos perder a conexão para SP, saindo de Houston.  Meu amigo trocou nosso voo para o da American, direto, saindo e chegando mais cedo. Tudo muito bom, mas...A chuva estava forte, os trenzinhos que levam a gente de um terminal a outro (lembrem-se que este é o maior ou segundo maior aeroporto do mundo, portanto as distâncias são uma loucura) estava parado justamente devido à chuva. E, pasmem, não há plano B! Ou seja, não há uma conexão interna entre os terminais, é tudo outdoors (chique, mas triste).  Tivemos de sair do terminal. Os ônibus que levam as pessoas para os terminais passavam e não paravam. Imagino que como havia vários voos com problemas, também havia muita gente fazendo o que nós estávamos fazendo, então os ônibus estavam lotados (e eram vários). Resolvemos pegar um táxi com um menino americano que estava indo para a Guatemala (ele estava no mesmo enrosco que a gente) e dividimos o custo. Sorte termos achado um táxi parado na saída do terminal (o motorista estava esperando uma pessoa), o terminal a que íamos era pertinho.  Pagamos US$ 10 no total (uma fortuna para o percurso, mas quê fazer?), e ficamos encharcados, pois até colocar bolsas de mão e entrar no carro com aquela chuva  foi um banho. Mas deu tudo certo...até aí...

O negócio de você sair do aeroporto é que começa tudo de novo: imigração (tira sapato, tira tudo das bolsas, passa no scanner, põe tudo nas bolsas, calça sapato), e check-in.  Surpriseeeeee!!! O voo estava com overbooking segundo o balcão da American. Havia passageiros em lista, inclusive nós.  Estresse total!!

Só começariam o check-in às 18h, então só aí daria para saber se embarcaríamos de fato ou não.  Tensão!  Meu amigo precisava chegar a SP no sábado pela manhã de todo jeito (por mar, terra ou ar...).  E ainda havia a possibilidade de ele embarcar e eu não, dependendo da situação, obviamente. Ainda bem que assisti a O Terminal (http://www.imdb.com/title/tt0362227/), assim, caso eu tivesse de ficar para trás, já tinha as manhas...

18h. e meu amigo era o primeirão da fila! E lá vamos nós no tal voo!  Graças! Como eu queria voltar para casa! Mas ainda pairava uma dúvida: as malas. Afinal, inicialmente fizemos nosso check-in com a Continental, aí passamos para a American e não pudemos retirar as malas e redespachar. O funcionário da Continental garantiu que não haveria problema. Fariam a transferência e as malas chegariam sem problema.  Vocês acham que nós acreditamos? Claaroo, que não. Mas first things, first: embarcar era preciso, o resto era o resto.

O voo foi chamado, embarcamos, e para minha surpresa havia muitos lugares vagos. Meu amigo conseguiu dormir esticado naqueles bancos de 5 lugares. Vai ver que pela chuva, congestionamento,s muita gente não chegou ou desistiu. Sei lá!

O voos de ida da Continental foram muito bons e falam tão mal da American que fiquei com medo. O serviço, não achei ruim, o voo foi tranquilo, saímos e chegamos no horário (houve um atraso, mas por congestionamento no aeroporto de Dallas). Agora aquele negócio de 2 x 5 x 2 lugares é irracional.  Imagine quem fica ali no meio dos 5 assentos!  Um horror! Não dá para fazer 2 x 4 x 2?  Não é uma maravilha, mas já ajuda bem. Além dessa combinação terrível, o corredor entre as fileiras é mais estreito que na Continental, e o espaço embaixo do banco (onde se pode encaixar bagagens) também é menor/mais baixo.

De todo jeito, chegamos bem, as refeições não eram de todo ruins.  Agora o máximo eram as aeromoças: todas, sem exceção, acima dos 60 anos. Fácil, fácil tinha umas duas bem perto dos 70.  Um barato!

Como chegamos num horário em que não cruzamos com voos mais populosos e numerosos (Miami, Orlando, NY), Cumbica estava vazio no desembarque, passamos rapidinho pela Federal, e pelo "nada a declarar".

E aí, home sweet home!

Gostaria de agradecer imensamente ao Marco que me permitiu ir a Dallas gastando só a passagem praticamente, levou-me a passear por todos os lados, foi uma ótima companhia e me ajudou com bagagens, no aeroporto, etc., preocupou-se comigo mesmo trabalhando de monte por lá.

E, claro, à Elva, minha amiga que está igualzinha ao que eu me lembrava - 10 anos sem nos vermos! Sempre bem humorada, positiva, forte. Ela abriu sua casa para mim e isso é priceless!  Um prazer rever Fernando Henrique (não o Cardoso, que para ele não ligo, não), conhecer o Leo, o Habib, a Debora...

E agora tenho mais duas dívidas eternas...vou ter de dar duro para compensar.

Observações finais:
-Dallas é uma cidade ótima, linda, limpa, organizada, civilizada, que funciona, com cultura e lazer de monte;
-não é cidade de turismo. Não está minimamente preparada para isso, mesmo tendo o core para ser uma supercidade turística. Não tem é a estrutura ou o interesse;
-o pessoal de Dallas é dos mais cordiais que encontrei em minhas andanças pelo mundo;
-faz um calor e tanto. Tive sorte, aparentemente, pois mesmo o calor forte que peguei não chega nem perto das temperaturas que têm por lá. E é bem seco;
-apesar de a cidade ser uma das violentas (ontem vi como 5a. no grupo com população similar, hoje vi como 25a. em alguns rankings, enfim, varia conforme o critério), andei por áreas imensas, bem despovoadas e não me senti intimidada, pelo menos não mais do que ao percorrer algumas regiões de minha própria cidade.

Bem, creio que é isso.  Fiquei muito contente em poder conhecer um lado tão diferente dos EUA, que eu, como turista, não conheceria (os destinos de quem não viaja para business ou mora temporariamente por lá são outros).  Foi um grande prazer! Dallas, sem dúvida, é uma cidade bela, única em sua essência. Cidade dos sonhos, com tudo que eu gostaria de ver por aqui.

Link de fotos e vídeos:
https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Dallas20052011?feat=directlink

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