sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mas continuou muito bem...

Quinta foi dia de arrumar o resto das malas, ajeitar plantas para que resistam a minha ausência. Fechar gás, deixar instruções com o zelador, e até almoçar com pessoal da ex-empresa. Deu tempo de tudo e até descansei um pouco antes de partir para o aeroporto.

O voo da Continental saia às 21h10. Detesto viajar à noite. Acho muito melhor durante o dia. A gente dorme à noite, até pode ter de levantar bem cedo, mas durante o dia fica naquele relax, chega ao destino à noite e pode descansar. Vaijando à noite, dificil dormir bem. Ao chegar ao destino, pela manhã, num bagaço total, se não se parte para alguma atividade, fica-se com aquela sensação de tempo perdido. Et celà,jamais!  Com o dólar correndo não dá!

Saí 17h30 de casa e cheguei em Cumbica às 19h10!  Impressionante! Fiquei uns 30 minutos só nos últimos 5/6 km. do percurso. Felizmente não havia fila - parece que todo mundo estava atrasado para o voo.  Voo lotado (quando tentei marcar assento no dia anterior, não dava mais para trocar o que a agência havia marcado para mim). Mas no final sobraram alguns lugares, talvez meia dúzia.

Nunca tinha voado de Continental. Achei o serviço bem razoável, do balcão ao avião.O avião até que não era dos mais apertados, i.e., não dava para ter aquele conforto, mas não foi das piores coisas.  O duro é que a gente faz alfândega e imigração em Houston, depois despacha as bagagens de novo para Dallas. Nada terrível, mas depois de duas horas de trânsito, mais quase duas de aeroporto e 11 de voo, a gente quer mesmo é sossego.  De todo jeito, foi tudo bem tranquilo, apesar de as pernas não estarem quase respondendo mais.

Dois senões para a Continental: 1) os filmes são ruinzinhos e todo mundo tem de assitir ao mesmo tempo. Quando viajei pela KLM, meus voos internacionais mais recentes, o menu era individual. I.e., você pode começar a ver um filme, parar, voltar a ver. Na Continental, não. É um tal de 10, 9, 8, 7...E começou! Se se quer zapear um pouco, já era; 2) a comida também é bem ruinzinha, sofrível mesmo.  Nas maioria das companhias aéreas é assim, mas esta foi muito decepcionante.

O avião é pequeno (140 lugares), e não tem barulho, nem muito movimento. Além do que, havia muitos americanos a bordo e eles são bem diferentes de nós = voo silencioso.

Algumas notas da passagem por Cumbica:
1) quem estava na fila da emigração,bem atrás de meu amigo? Quem? Quem? Quem? Sr, Neeleman, dono da Azul. Super low profile, estava ali exatamente como nós simples mortais e não-donos de companhia aérea. Meu amigo, que é do ramo de viagens, entabulou uma conversa com ele. Surpreendeu ver o interessante do Sr. Neeleman pelas opiniões alheias,pela visão do outro. Ele sugou o que meu amigo tinha para dizer sobre várias coisas. Esperto ou não é? O business man americano é desse jeito: objetivo, proativo, focado, profícuo;

2) antes de embarcar, fomos comer um lanchinho (ainda bem, considerando o jantar fraquinho).  Dois sandubas razoáveis e dois refris = R$ 50 aproximadamente!  Oooh, exploração!  Como você não tem opção,lascam a faca em seu peito, sem dó, e Da. Infraero deixa...Além disso, o serviço é capenguíssimo (ooh, surpresa!).  Havia um time uruguaio não sei de que esporte (meninos de uns 20 anos) aguardando seu voo. Eles também queriam comer algo. Resultado: três funcionários para atender ao mesmo tempo 26 rapazes, técnico, massagista...e o público comum.  Claarooo que foi uma queca!  A fila não andava, o pessoal do balcão estava estressado, e ainda pagou-se essa baba. Um horror!

Chegamos no horário em Houston. Aeroporto enorme (sempre tendo Cumbica como referência e alguns outros por que já passei).  Imigração, pegar bagagem,fazer check-in e uma aguinha. Tudo muito organizado, tranquilo.

E rumo a Dallas!

Chegamos muito bem, em um voo de uma horinha.  De Houston para Dallas a gente viaja no mesmo tipo de avião em que voei entre países da Europa.  Até hélice tem...assim que aterrissamos no aeroporto de Fort Worth, apareceu um técnico com uma lanterna na mão para analisar juntaas, rodas, hélices...que bom, né?

Ah, sim, esqueci de comentar sobre o item segurança.  Pós-Bin Laden, achei que a coisa ficaria muito feia para quem fosse aos EUA.  Na verdade, achei até mais light do que em 2007, quando estive por aqui pela última vez (NY).  Tudo tranquilo, pessoal educado, simpático.  Já em SP um homem, que se identificou como deasegurança de voo, fez perguntas de praxe: quem fez a mala, quando, onde, se eu sabia tudo que continha a mala, se perdi a mala de vista, se tinha algo que pudesse ser usado como uma arma (siiiim, eles perguntam isso...), comida, etc.  A coisa é "candid", mas se alguém mentir e for pego, never more.

Eles estão equipados com gadgets moderníssimos  para detecção de tudo. Até meu cintinho de dinheiro teve de ser posto à vista e foi apalpado.  Mas ainda assim, acho que foi bem light, comparativamente com 2007.

O aeroporto de Dallas, o maior do mundo (se não me engano), é indescritível. Para que tenham uma ideia do  que isso significa: depois de pegar o carro num parking lot só para carros alugados que dista 15 minutos dos edifícios centrais (o traslado é feito gratuitamente por ônibus do aeroporto), ainda rodamos a 50km/h aproximadamente por uns 10 minutos até sair do aeroporto!  O negócio é monstro, monstro, monstro...impressionante. Vou ver se na volta tiro umas fotos (estava sem a máquina à mão).

Chegamos cedo ao hotel (http://www.marriott.com/hotels/travel/dalce-residence-inn-dallas-central-expressway/) e o apartamento não estava pronto. Demorou um pouco. Para mim tudo bem, ruim foi para meu amigo que tinha de trabalhar e queria descansar, afinal um estirão de quase 15 horas cansa muito.  Parece que o hotel está com lotação plena.

Mexemos em toda nossa programação, mas no final deu certo. Compras de supermercado (para café da manhã e algum lanchinho), almoço com amigo/colega de meu amigo e depois ajeitar malas, banho e relaxar um pouco.

Lá pelas 18h saímos de novo; meu amigo rodou pela cidadde para me mostrar um pouco do que não conheço.  Houve um incidente, se posso chamar assim, com a polícia que só conto pessoalmente. Muito interessante!

O hotel é muito bom, bonito, barato, fica num ótimo lugar, tem árvores, passarinhos.

O dia foi todo quente e ensolarado. Parece que fica assim até o final da semana que vem.  Amanhã programa de andanças a pé, ver um pouco mais da cidade, visitar minha amiga, etc. , etc. etc.

Sol, boa temperatura, passarinhos cantando, ver montes de coisas bonitas: continuou tudo muito bem...

Neste link fotos e vídeos de hoje:

https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Dallas20110513?feat=directlink

http://goo.gl/photos/NsyM1pUpp9

Observações deste primeiro dia em Dallas:
-a cidade realmente não tem dimensão humana. Avenidas fantásticas, carros, carros, carros.  Não vi pedestres (talvez um ou dois) pelas ruas, calçadas;
-não vi ônibus (transporte público). Na verdade, vi um só agora à noite;
-não vi bicicletas ou motos;
-não vi táxis!! Apenas dois: um no final da tarde e outro agora à noite;
-muitos, mas muitos carros brancos mesmo. Aqui o táxi é amarelo. Nunca vi tantos de uma vez;
-as ruas são bem escuras, não há postes de iluminação altos, somente alguns baixos. As casas é que garantem a iluminação pública;
-tudo muito limpo, bem mantido, organizado, ascético.

Uma bonita cidade, em que eu nunca moraria.

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