terça-feira, 17 de maio de 2011

É bonita, é bonita e é bonita!

Pois é, Dallas é isso: bonita, limpa, ampla, organizada, mas não é para gente.

Hoje foi dia de visitar museus e outros landmarks.  Tem muito mais. Vamos ver o que dá para fazer nos dois dias que ainda tenho. O grande problema é sempre vencer distâncias. Vejam no link no final do post que não estou exagerando.l

Bem, depois de pegar o metrô de superfície que fica relativamente perto do hotel, fui até o centro da cidade. Compra-se o bilhete em máquinas, há bilhetes econômicos (24 horas = US$ 6), os carros são limpos, confortáveis, silenciosos. Muito pouca gente na estação e no próprio metrô.  No caso da linha que tomei, passa de 20 em 20 minutos.  Parece que esse transporte não faz muito sucesso por aqui, afinal há poucas linhas, e sua abrangência é bem limitada. Segue link para terem uma ideia. É bem o que está aqui: http://www.dart.org/about/expansion/expansionmaps.asp.

Cheguei rapidinho ao centro da cidade.  Primeira parada: X que marca onde Kennedy foi atingido pelo Lee Oswald.  Depois The Sixth Floor Museum. Isso, fizeram um museu no espaço em que LO se alojou para atirar no presidente.  Um lugar bem preparado, com muita informação. Peguei um audiotour (aqui há em quase todos os lugares e de graça).  Foi interessante, mas sei não. Olhando lá da janela (não deixam tirar foto dali em direção ao ponto em que o presidente foi atingido. Estranho...) do sexto andar, não dá para acreditar que alguém tenha acertado Kennedy dali. Do sétimo andar, até seria possível, pela visão, mas do sexto...Bem, há várias teorias (todas expostas no museu), mas a dúvida permanece. Justamente no sétimo andar, há uma exposição de fatos e fotos sobre Jack Ruby, o homem que matou Lee Oswald. Enfim, um museu meio bizarro. O que achei interessante é que me deu a impressão de o pessoal não ser tão fã do Kennedy como eu imaginava. Mas pode ser só impressão.

Dali fui para o Old Red Museum (http://www.oldred.org/), construído no século XIX.Nesse local está a história de Dallas. E que história! Realmente sempre foram empreendedores. Já no início da cidade indicava que seria o que é hoje: pujante.  Minha visita cruzou com a de uma escola (havia uns 40 alunos de uns 13,14 anos).  Impressionante como as crianças estavam entusiasmadas e obedeciam as professoras. Não ouvi um grito, uma altercação. O museu preparou uma sala grande para que alunos em visita interajam com o museu, e.g., há um set de roupas dos primórdios da cidade para que as crianças experimentem um chapéu, um casaco. E está tudo lá, ajeitadinho, sem nenhuma vigilância ostensiva.  Que coisa, não é? As crianças estavam focadas em jogos e brincadeiras propostos pelo próprio museu. Muito interessante!

Depois caminhei, caminhei, caminhei (por que no mapa parece pertinho, mas não é, não, e tem de atravessar montes de avenidas) até chegar ao Aquário de Dallas (http://www.dwazoo.com/d/). Um lugar bem bonito, bem montado, bem mantido.  Além da parte dedicada aos peixes e outros animais do mar e rios, há uma floresta tropical, com pássaros voando acima da gente, macaquinhos pulando de árvore em árvore,patinhos num laguinho, e por aí vai. Um espaço bem grande, com 3 restaurantes e uma ótima loja de souvenirs.  Também havia alguns grupos de estudantes, mas tudo muito divertido, comportado.

Como  cantaria Cauby: andei, andei, andei e cheguei ao Dallas Museum of Art (http://dallasmuseumofart.org/index.htm).  Precisei perguntar a algumas pessoas se estava no caminho certo, afinal, como mencionei, é tudo bem distante, há grandes distâncias a vencer e, de vez em quando, dá a sensação de que se está no caminho errado. Para minha surpresa várias pessoas desconheciam o lugar.  Se fosse em SP, eu até entenderia. Quem vai ao MAM?  Mas aqui? Enfim, cheguei lá por volta de 15h (aqui todos esses lugares fecham às 17h durante a semana). É uma coisa colossal, imensa.  Eu compararia o tamanho ao Metropolitan de NY, mas sem o mesmo uso, i.e., muitas áreas subutilizadas. Não deu tempo de ver a exposição permanente do museu, mas consegui ver Art of the American Inidians (bem interessante - também com audiotour), e uma pequena exposição com projetos de Frank Lloyd Wright.Havia também uma temporária de Fergus Feehily e Matt Connors (muitos modernos para mim).

Agora o bacana foi ver também um espaço imenso dedicado ao incentivo da criação. Muito material disponibilizado para o visitante (ele pode escrever, pintar, ler,montar alguma obra), obras de alunos das escolas locais, e por aí vai. Uma delícia de espaço! E, de novo, sem nenhum meganha olhando tudo, respirando no cangote do visitante.

Saí dali para ir à Catedral de Guadalupe, mas no meio do caminho passei pelo Nasher Sculpture Center (http://www.nashersculpturecenter.org/) e não deu para não entrar. Um lugar fantástico!  Estão com várias obras em exposição no jardim da galeria.  Além disso há obras interativas: (a) uma salade uns 4 x 4m com 9.000 balões.  As pessoas entram ali e ficam "afogadas" em balões; (b) uma escada sonora: cada degrau tem um tom e pode-se "tocar" uma música dependendo da velocidade com que se sobe ou desce, ou pela repetição de degraus.

Depois dessa belezura, fui para Guadalupe.  A catedral é do final do século XIX e está muito bem cuidada.  A porta principal estava fechada. Segundo uma senhora explicou-me, para prevenir que pessoas entrem e fiquem esmolando ou incomodando os que querem rezar.  Peraí! Que pessoas vão entrar se não tem ninguém na rua?  Quem vai rezar?  Francamente, não dá para acreditar nessa história embora a senhorinha tivesse um jeito bem honesto.

Se não tivesse falado com a senhorinha ficaria sem visitar a igreja, pois a entrada é por uma porta lateral bem modesta, aí sobe uma escadaria, aí desce outra, e somente então se chega à nave.  Havia mais três homens na igreja que é bem grande, e eu, obviamente.  Um espaço bem bonito e muito bem cuidado, para variar.

Como andei por quase 7 horas sem parar, estava calor, etc., etc., resolvi tentar e testar o tal sistema de taxis. E não é que deu certo?  Foi meio sacrificado, já que a atendente queria que eu desse o endereço completo da catedral. Diante de minha insistência de que era a catedral da cidade, não tinha mais ninguém ali, só eu na porta, ela resolveu mandar um taxi. Atendeu-me um iraniano muito simpático, que está há sete anos em Dallas.  A corrida levou bem uns 20 minutos (hora de engarrafamento em Dallas...) e me custou US$ 20. Mas que fazer? Eu já não tinha pernas e estava cansadíssima.

Pela manhã de 4a. saio do hotel  - houve mudança de planos - e mudo para a casa de minha amiga.  Mas já combinamos de passear. E ainda tem a quinta para ver mais alguma coisa.

Do passeio aos museus, entendo que são necessários dois dias para visitar em detalhe tudo o que fiz bem correndo. Ou seja, Dallas tem, sim, muitos espaços interessantes para se conhecer.

Link para fotos e vídeos:
https://picasaweb.google.com/miriamkeller/Dallas17052011?feat=directlink

Nenhum comentário:

Postar um comentário